Eu me pego pensando em você, em instantes múltiplos, me pego conversando contigo, em meus mais tolos devaneios, e veja bem, é tudo tão estranho e ao mesmo tempo tão especial, que o silêncio entre uma batida e outro do meu coração, sinaliza que você me escuta.
Mas afinal? Telepaticamente nós estamos conversando ?
É isso? Ou eu criei um Alter Ego e o denominei como tu, assim, risonho, festivo e absolutamente meu, é estranho, é confuso, mas somente quando estamos distantes, brigo comigo mesma, me chamando a realidade e dando tapas fortes em minha face dizendo: Acorda Alice, isso é mito, é romance barato, perda de tempo, etc e tal.
Entretanto, já vivi isso, nessa mesma edição barata com papel jornal, e mesmo que o cenário fosse outro e o comprometimento fosse com a religião, hoje novamente cruzo com alguém com o mesmo nome, a mesma data de nascimento e caramba, são pessoas distintas.
Olho para os lados, para cima, e grito: Ô Filhos da Puta que regem o destino, é engraçado brincar com quem está aqui, né? Parem já, seus Imortais dos Infernos de fazerem piadinhas de muito mau gosto, comigo, viu ?
A Deusa Afrodite, me olha com doçura e leveza e sussura:
- Não sejas boba, menina. Aproveite, o amor existe e deve ser vivido em toda sua amplitude.
Olho confusa para ela e baixo meus olhos, me sinto corada, diante de Afrodite não consigo sentir-me grande, sinto-me pequenina e indefesa.
A Deusa mãe, me sorri e estende suas mãos e me diz, sem me dizer:
- Você é merecedora, pequena estrela, tanta dor e sofrimento não foram em vão, me pediu um dia com o coração em lágrimas, por um verdadeiro e nobre amor, e eu lhe concedi.
Seja feliz querida filha, te abençoou, te honro e te dignifico perante todo o Olímpo, fostes digna de estar entre os Imortais.
Recebe hoje o amor que lhe doou.
Ajoelhei-me perante a LUZ, que Afrodite me banhava, de suas mãos saiam feixes luminosos, que foram tocando meus olhos, tranquilizando minha face e eu somente conseguia chorar, mas era um pranto sem dor, sem sofrimento, era somente paz.
Afrodite me dava paz, na alma, no espirito. Eu era AMOR.
Autora: Priscila de Fátima Jerônimo.
30/03/2018
04:27 am
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