Companhia de Teatro e Dança Avalon

Companhia de Teatro e Dança Avalon

segunda-feira, 30 de dezembro de 2019

O QUE É DANÇA ?


PINA BAUSCH


WORKSHOP DE CORPO DANÇA



O Workshop de Dança, foi ministrado na CEMEI PARQUE DO LAGO, em um Reunião Pedagógica, o Espaço para este Curso tão cheio de riqueza, detalhes, respeito e amor, foi concedido pelo então Diretor desta Unidade, O Professor Eduardo de Paula, na ocasião comemorávamos mais uma Reunião Pedagógica, uma das datas que se faz de festa, debates, conversas, guloseimas e no interior da nossa Querida Cemei, era tudo festivo, a " Tão , tão distante", foi a Primeira experiência de Junção entre Creche e Emei, uma experiência extremamente significativa para todos daquele bendito ano, um prédio construído com amor, com afeto, dedicação, carinho e com uma linda vista para a Represa de Guarapiranga.
Agradeço aos Educadores e Educadoras desta querida CEMEI, principalmente a doce e sonhadora Coordenadora Amanda Coelho, um ano em que o Projeto foi totalmente direcionado para a ARTE, em todos os seus âmbitos, todos os profissionais dessa referida unidade puderam no decorrer do ano vigente, apresentar suas propostas de arte e montar suas próprias oficinais.
Como Arte Formadora, a confiança e a oportunidade, enquanto Cia Avalon, como gestora e fomentadora da dança, pude experienciar, que a dança não é unicamente uma vertente étnica, o movimento do dançar é o corpo mola.
O corpo que Pina Bausch diz, corpo eixo criativo.


          

  


































quinta-feira, 26 de dezembro de 2019

TRISKELION

TRISKELION é um termo grego que significa literalmente "três pernas", e de forma adequada, portanto,
pois este sinal é muito parecido com três pernas correndo ou três pontas curvadas, uma referência ao movimento da vida e do universo. O trískelion é um símbolo que aparece em muitas culturas da Antiguidade, como a dos Celtas ou a micênios ou dos lícios.
No caso da Bretanha, Ilha de Man e Galiza é propria da cultura Celta. No caso da Sicília seria herdado da Civilização Micênica.
Também é um emblema heráldico posto em escudos de guerreiros ilustrados na cerâmica da Antiga Grécia.

O seu significado aqui é bem aplicado, porque este símbolo representa a concorrência e o progresso do homem. O Triskelion (também referida como Triskele, triquetra ou threefold) tem dois componentes principais de simbolismo.
Primeiro Componente:
Quando observamos este símbolo, somos tomados pelo conceito de movimento. Todos os três ramos (pernas, saliências, ângulos) são posicionados de tal modo que o símbolo parece estar em constante movimento para frente.
Não é acidental este sentimento de movimento, pois este símbolo representa:

Ação
Ciclos
Progresso
Revolução
Concorrência
Avanço

Segundo componente:
As três saliências (pernas, ângulos, extensões, etc.) são de uma importância simbólica significativa.
No entanto, dependendo da época, região, cultura, história mitológica, simbologistas, etc... seria desafiador definir exatamente o significado simbólico dos três saliências.
As diversas representações das três saliências encontradas na triskelion incluem:

Espírito, mente, corpo
Pai, Filho e Espírito Santo
Mãe, Pai, Criança
Passado, Presente, Futuro
Poder, Intelecto, Amor
Criador, Destruidor, Sustentador
Criação, preservação, Destruição

Todos estes (e ainda mais) podem ser designados para cada um dos alongamentos encontrado no triskelion - é simples até ao mero observador (ou originário da cultura) proferir esses significados.
A combinação desses dois componentes (movimento e atributos tríades) nos leva à conclusão de que este símbolo celta significa o movimento para frente no esforço para chegar ao entendimento (no contexto de uma das muitas dinâmicas tríades acima listada).
Este símbolo proeminente Céltico pode também representar os três mundos Celta:
O Outro Mundo: Onde os espíritos, deuses e deusas vivem.
O mundo mortal: Onde você e eu vivemos, junto com plantas e animais.
O mundo celeste: Onde energias invisíveis vivem a se movimentar, como as forças do sol, da lua, do vento e da água.

Uma nota interessante - o número três é uma poderosa energia, por razões aparentemente infinitas. O
número três era considerado sagrado pelos celtas, reforçando o conceito das tríades divinas e dos três reinos: Submundo, Mundo do Meio e Mundo Superior. Uma representação do número três de acordo com a medida das três principais fases da lua (nova, meia, cheio).
Este é um ponto merecedor de crédito porque a maioria das criaturas lunares são descritas como tendo apenas três pernas em Alquimia e na nova arte esotérica européia.
As três pontas do triskelion além de associadas ao fluxo das estações representam também a própria Tríplice da Deusa. Numa versão mais atual podemos dizer ser as três faces da Deusa: Donzela, Mãe e Anciã, bem como às três fases da Lua: crescente, cheia e minguante.
Quando acrescentamos implicações lunares para o significado da triskelion estamos tratando de:

Mistério
Feminino
Intuição
Sutileza
Subconsciente
Espiritualidade
Iluminação
Desejo escondido

Como podemos ver o significado do símbolo celta triskelion é mais abrangente do que apenas "três pernas".
Quando combinamos as variáveis listadas aqui com o conceito de movimento e evolução e iluminação, vemos que o símbolo celta da triskelion tem conotação simbólica muito mais ampla.

Em suma, o que significa a soma deste símbolo celta é:
Crescimento pessoal
Desenvolvimento humano
Expansão espiritual

Tudo isso faz com que o Tríscele seja uma forte opção de tatuagem para todas aquelas pessoas que já
passaram por alguma dificuldade muito grande na vida e que logo após conseguirem superá-la, decidiram que o esforço valia ser marcado eternamente.
Este simbolo é muito popular na Grécia; em grego significa literalmente “três pernas” e é o simbolo do brasão da antiga Grécia.
O Triskelion foi adotado pelo cristianismo como símbolo da Santíssima Trindade.
Ele também é conhecido por triskle ou triskele, tríscele, triskel, threefold ou espiral tripla, e possui dois grandes aspectos principais de simbolismo implícitos em sua representação, que são:
- Simbologia ligada ao constante movimento de ir, representando: a ação, o progresso, a evolução, a criação e os ciclos de crescimento.
- Simbologia ligada às representações da triplicidade: Corpo, Mente e Espírito; Passado, Presente e Futuro; Primavera, Verão e Inverno... Os ciclos de transformação.
Com as mesmas características observadas nas espirais, seu movimento a partir do centro, pode ser descrito como no sentido horário ou anti-horário. Simbolicamente, o sentido horário: representa a expansão e crescimento e o sentido anti-horário: a proteção e o recolhimento.

ARTE BY PRISCILA DE FATIMA


TRABALHO , DIGNIDADE E OPORTUNIDADE


Ser professora e arte educadora é um caminho complexo, mas acreditamos na força de nosso trabalho, um caminho cheio de bençãos se justifica pelo nosso caminhar.
Temos em nosso coração e em nossa alma a CERTEZA, somos luz em todos os instantes estamos em alma e verdade tentando fazer o melhor, para que em tudo e em todos sejamos melhores.
Cremos na Vida, no Teatro, na Fé Cênica que nos move.
TRABALHO, DIGNIDADE E OPORTUNIDADE.
O amor e a fé cênica nos conduz ao verdadeiro EU, somos mais do que sonhos e projetos, SOMOS a concretização da verdade, olhamos o mundo com muito amor e compaixão.
Não cremos no erro e sim no fazer: No teatro é assim e na vida também, portanto sabemos que somos o que somos, por que cremos na VITÓRIA DO BEM SOBRE O MAL.


AUTORA: PRISCILA DE FÁTIMA JERÔNIMO

A INTOLERÂNCIA RELIGIOSA

A intolerância religiosa tem levado as pessoas ao encontro da cultura do ódio, do desafeto, do desencontro, o desrespeito tem atingido índices de violência entre seres da arte e da política.
O conhecimento gera a SABEDORIA, ser um ser pensante nos traz HARMONIA, acreditar no DIALOGO é um encontro entre o que nos diz A ALMA, a TOLERÂNCIA gera a PAZ.

Em tempos de trevas falemos de VIDA, em tempos de ÓDIO pregamos em nossas FALAS, a CONSCIÊNCIA CÓSMICA que o amor produz ONDAS DE GRATIDÃO.
Somos Gratos no dia de hoje, por sermos UMBANDA (A palavra é derivada de “u´mbana”, um termo que significa “curandeiro” na língua banta falada na Angola, o quimbundo) , SOMOS Povo de Axé, índios, pretos, miscigenados, levantando uma Bandeira Branca, acreditando e Agradecendo ao Pai Oxalá, por nossas convicções, por nosso Povo Brasileiro, orando e erguendo nossas Preces e Mãos ao Altíssimo, para que em crendo na Cultura de Respeito, possamos seguir, sem nunca acreditar na GUERRA, no DESAFETO E TERMOS A FÉ CONVICTA DE QUE JESUS NASCE EM NOSSO PEITO RETUMBANDO FEITO OXALÁ.
Que Vibra e Canta.
Saudações da Luz à todxs.
Cia Avalon.

Autora: Priscila de Fátima Jerônimo

terça-feira, 17 de dezembro de 2019

WORKSHOP DE DANÇA CIGANA DE CASAL


A Cia Avalon realizou esse Workshop de Dança Cigana para Casal, na Casa de Cultura de Campo Limpo, o referido evento foi uma Parceria entre a Cia Avalon e a Casa de Cultura, a Ministrante do Workshop a Professora de Dança Rhavena, realizou com sucesso esse primoroso dia.








domingo, 15 de dezembro de 2019

OS QUATRO MOSQUETEIROS

Os pensadores que não se posicionam dentro da própria história, clamam por justiça, escrevo há muitos anos, desde os meus quinze anos, minha vida sempre foi a escrita, sempre fiz cursos nessa área, sou uma poetisa, morei muitos anos na região do Campo Limpo e tive uma situação extremamente desagradável com relação a um Fã Clube de um querido poeta, todos que me conhecem sabem da minha ideonidade, minha lissura de vida e principalmente me comprometimento com a escrita, com os versos, com a poesia e com a ética.
Estudei com um dos melhores orientadores de Mestrado que pude ter a honra de conviver, Doutor Pedro Menin, um homem à frente de seu tempo, com toda sua eficiência em ensinar, em educar e principalmente em provar à todos os seus educando o poder da prática da ÉTICA.
Aulas de muita sabedoria, uma pessoa que tem o dom de transformar a carreira e a maneira de enxergar o mundo, tivemos juntos aos Grandes Mestre Constantino, Mestre Gianazzi, por intermédio desses encontros dentro do nosso famoso Quartel General, muitas almas afins, amigas, apaixonadas pelo saber, pela alegria de estarmos juntos.
Sou Grata, aprendi tanto com Conti, com Xavier, com Ísola, Inoue, Schroder, Moraes, Pecoraro, tantas figuras de contos de Pepsi com limão, pizzas regadas a sonhos de um Brasil melhor, nós sonhavámos desde 2002, plantamos e como diz o Velho Barbudo: Dificil não é dar aula, é administrar a MANADA.
Hoje depois de tantos anos, olho com saudades para os meus amigos, dos tempos da Lavradio, e sinto saudades até do porteiro, nossas noites pelo elevado, falando poesia, fazendo fotos ou simplesmente assistindo South Park, em tempos de trevas volto à Barra Funda, sento no Ponto Chic, peço uma velha cerveja e espero, talvez um dia, ele volte, quem sabe sente-se à mesa como outrora e ria de mim e de meus devaneios tolos.
A vida tem sido assim, tempo de encontros e desencontros, amigos sumindo, pessoas sofrendo e eu.... Sentada no Ponto Chic, um velho charuto, meu velho chapéu, esperando ela...
A boa Revolucionária.
Pelos quatro mosqueteiros de uma Vida.
Amo vocês.

O TRATADO ENTRE A VIDA E A LUTA

O tratado entre a vida que se faz de luta
E a esperança que se faz de glória
A música me ensinou a não menosprezar o som
E o som me fez enxergar
As notas
Que se fazem em meu corpo
corpo música
corpo memória
corpo história
Diante dos fatos do hoje
O som
Acalma
Relaxa
E instrui....
A música tem o poder de mudar uma vida e guiar novos rumos ao ser humano.
Um bom som, uma boa semente na alma e os ideais se renovam.
Um ano repleto de estudos, ensinamentos e de muita poesia, reflexo de uma eterna busca, por ensinar, educar e principalmente amar.
O que é o amor ? O amor que resume uma causa, uma ideologia de vida, uma construção eterna, o dia a dia em sala de aula, as agressões, as dificuldades do professor/professora, os alunos em transe entre a faixa etária da juventude e a maturidade que chega em muitos casos precocemente, a violência social, a família que os entrega nus de alma e valores, quais são os critérios que a escola deve elencar ?
- Vida Familiar
- Vida Social
- Vida Espiritual.
- Vida midiática.
- Vida Política.
- Vida Amorosa/sexualidade.
O Educando é um solo infértil ?
Estaremos nós, profissionais da Educação e da Cultura, plantando em solo sem adubo ou nossas lágrimas diante da vida, adubará os corações, semeando com as dores de nossos corpos tombados em solo ?
O que há de tão especial em ensinar ?
O que há de tão doce em educar ?
O que nos faz seguir ?
O salário ?
O desejo?
O ideal ?
O amor ?
A paixão ?
Quando nos formamos fazemos juntos, um pacto com Paulo Freire, de que em momento algum veríamos nosso educando como um Banco vazio, em que o depósito de nossos saberes, seria o deleite de nossa risada, que em momento algum teceremos nossos sonhos em cima da alma juvenil, amamos educar e o fazemos com amor e dedicação.
Educar é um ato de rebeldia, ensinar um lema de nossa alma, somos feito Jequitibá como diz Rubens Alves, semeando letras, verbos e sons, almejando sempre um mundo melhor.
Oxalá, que nos abençoe e nos traga PAZ.
Axé.
Autora: Priscila de Fátima Jerônimo.

quinta-feira, 5 de dezembro de 2019

O LIBERTINO




Gênero: Drama
Duração: 114 min
Origem: Inglaterra
Estréia - EUA: 13 de Janeiro de 2006
Estréia - Brasil: 30 de Junho de 2006
Estúdio: Europa Filmes
Direção: Laurence Dunmore
Roteiro: Stephen Jeffreys
Produção: Lianne Halfon, Russell Smith, John Malkovich



Depois de criar uma galeria inesquecível de personagens esdrúxulos e inconformistas, Johnny Depp mergulha no campo do monstruoso no filme "O Libertino". O ator representa o poeta provocador e libertino do século 17 John Wilmot, conde de Rochester, que alcançou a fama literária apenas após sua morte, aos 33 anos, de sífilis e do abuso de álcool. O longa, filmado como se através de camadas de sujeira, adota abordagem totalmente diferente da de outros trabalhos de época, como por exemplo "Shakespeare Apaixonado". "Vocês não vão gostar de mim", promete Rochester no prólogo em que fala diretamente à câmera. O roteiro de Stephen Jeffreys, baseado na peça de sua autoria, não explica nem desculpa o comportamento do conde. Favorito na corte do rei Charles 2o. (John Malkovich, que representou o papel-título na estréia da peça nos EUA), Rochester aceita a encomenda de escrever uma obra literária importante para o rei. No lugar de pôr mãos à obra, porém, ele continua a dedicar seu tempo à bebida e ao sexo. Entre uma escapada e outra, troca farpas pornográficas com os escritores George Etherege (Tom Hollander) e Charles Sackville (Johnny Vegas). Ele sai um pouco dessa rotina de libertinagem quando vê a atriz principiante Lizzie Barry (Samantha Morton) ser vaiada fora do palco. Ela faz parte da primeira geração de mulheres a atuar no teatro, e Rochester decide convertê-la numa das grandes estrelas dos palcos londrinos. Conhecido por sua honestidade brutal, ele exige verdade das atuações de Lizzie, e a atriz obstinadamente independente, superando seus receios, cresce e aparece sob sua tutela. Ao mesmo tempo, torna-se a amante de Rochester, despertando nele uma paixão que ele só irá admitir quando for tarde demais. Embora seja capaz de ouvir com respeito os conselhos de sua prostituta favorita (Kelly Reilly), o conde trata sua mãe devota (Francesca Annis) com desprezo. As relações são mais complexas com sua esposa, Elizabeth (Rosamund Pike), que tem plena consciência de suas traições. Pike tem uma atuação comovente no papel de mulher cuja relação com Rochester começou na adolescência, quando ela foi raptada pelo conde, e que acaba cuidando dele com devoção.

PRÓLOGO - CONDE DE ROCHESTER - O LIBERTINO


John Wilmot: Permitam-me ser franco desde o começo. Não vão gostar de mim. Os cavalheiros sentirão inveja, as senhoras repulsa. Não vão gostar de mim agora e passarão a gostar menos com o tempo. Senhoras, um comunicado: estou à disposição, em tempo integral. Não estou me gabando ou opinando, é apenas uma constatação médica: eu sou promíscuo. E vocês me verão sendo promíscuo, e suspirarão. Não façam isso. É melhor para vocês verem e tirarem suas próprias conclusões à distância, do que eu enfiar meu pênis dentro de sua saia. Cavalheiros, não se desesperem. Também serei promíscuo com vocês. E portanto, vale a mesma advertência. Controlem suas ereções até que eu tenha uma última palavra. Mas quando fornicarem, e fornicarão, esperarei isso de vocês e saberei se me desapontarem. Desejo que forniquem com minha imagem em miniatura rastejando em suas gônadas. Sintam... como eu senti, como eu me sinto. E pensem: "Esse tremor foi o mesmo tremor que ele sentiu? Ele conheceu algo mais profundo? Ou existe uma parede de miséria na qual todos batemos a cabeça naquele momento luminoso e eterno?" É tudo. Este foi o meu prólogo. Nada rimado, nada de falsa modéstia. Espero que não queiram isso. Sou John Wilmot. Segundo Conde de Rochester. E não quero que gostem de mim.


domingo, 24 de novembro de 2019

AULA SOBRE ESCRAVIDÃO NO BRASIL

SABOTAGE





Minha relação de afeto com o RAP, já diziam os antigos: " Boca que fala, bunda que paga..."


Cresci na Zona Sul de Sampa, bairro conhecido como Sapolândia, muito barro, muita lama, muito caos, muita violência, um cantinho esquecido de meu Deus, Escolas precárias, muita enchente, mês de Janeiro, era tormenta, chovia, era CAOS, LAMA, TRISTEZA, em um bairro cheio de gente marrenta e guerreira cresci em meio à violência doméstica, a pobreza e a luta operária.
Meu irmão sempre ouviu Racionais, e eu? Bom, cabeça de minhoca, não curtia a batida do Cara, o que era a tal das quadradas ?
E pá e pum, vários bailinhos na época já diziam da levada, com quinze o Reggae me arrastou a alma, primeiro CD - The Legend, Bob, o Marley, ouvir Reggae junto dos meninos da Rua, sentar em volta da fogueira e curtir um som.
Eramos fãs de Bob, Ouvir o cara dos dread´s, sentir a pegada do som e viajar, enquanto rolava o base, eu só dizia: não valeu, tô só curtindo o som.
E assim, a música foi crescendo dentro de mim, bom gosto musical ?
Meu pai, me deu Jorge Ben Jor, que me trouxe outras lorotas pra ouvir, em casa, ou nas viagens em família o som era : forró, MPB e vez por outra uma levada de música religiosa, família mistureba, mineiros e potiguar´s, nesse flow da diversidade, falei muito mal do RAP, que merda é essa ?
Meu irmão me ralhava as idéias, me enchia o quarto com aquela bolacha, sim, uma bolacha nervosa do temido Brown, era temido, opa...
Se não, sempre me questionei: Que porra é essa de pega as quadradas e plaus...
Se dizem que a gente paga pelo que fala, hoje pago com gosto, amo a porra do RAP, e aprendi a gostar do Velho Sabota.... Dezesseis anos, o cara se foi ou melhor, levaram o Velho Sabota, com toda sua ideologia, sua luta e sua glória, e o que eu fazia em 2003 ?
Sei lá, já estava na Faculdade de Pedagogia, vários ideais, várias ideias, hoje o País é tema de chacota, viramos piada ou melhor o Capital que antes era LEI, agora virou ação de discórdia.
O tema é CAPITAL, a onda é gerar LUCRO e que se FODA a ideologia.
País CAPITALISTA, de anarfa político, e assim gira a roleta do mais forte ao oprimido.
Pra mim, que sou professora, a MANIVELA que girou a catraca do busão, não me bota medo, se pá e pum a gente pede carona, senão tiver como ir, por falta de GASOZA, a gente senta e espera.
Nasci na ENCHENTE, não morri de lepstopirose por que a lama não quis, não fui picada por mosquito por conta da pele castigada pelo açoite, mas a ideologia barata essa a gente vai perdendo, o SONHO nunca, a FÉ jamais...
E se posso dizer algo a ele, ao Velho Sabota só posso dizer: VALEU, CARA. VOCÊ É FODA.

Autora: Priscila de Fátima Jerônimo