Companhia de Teatro e Dança Avalon

Companhia de Teatro e Dança Avalon

quinta-feira, 5 de dezembro de 2019

PRÓLOGO - CONDE DE ROCHESTER - O LIBERTINO


John Wilmot: Permitam-me ser franco desde o começo. Não vão gostar de mim. Os cavalheiros sentirão inveja, as senhoras repulsa. Não vão gostar de mim agora e passarão a gostar menos com o tempo. Senhoras, um comunicado: estou à disposição, em tempo integral. Não estou me gabando ou opinando, é apenas uma constatação médica: eu sou promíscuo. E vocês me verão sendo promíscuo, e suspirarão. Não façam isso. É melhor para vocês verem e tirarem suas próprias conclusões à distância, do que eu enfiar meu pênis dentro de sua saia. Cavalheiros, não se desesperem. Também serei promíscuo com vocês. E portanto, vale a mesma advertência. Controlem suas ereções até que eu tenha uma última palavra. Mas quando fornicarem, e fornicarão, esperarei isso de vocês e saberei se me desapontarem. Desejo que forniquem com minha imagem em miniatura rastejando em suas gônadas. Sintam... como eu senti, como eu me sinto. E pensem: "Esse tremor foi o mesmo tremor que ele sentiu? Ele conheceu algo mais profundo? Ou existe uma parede de miséria na qual todos batemos a cabeça naquele momento luminoso e eterno?" É tudo. Este foi o meu prólogo. Nada rimado, nada de falsa modéstia. Espero que não queiram isso. Sou John Wilmot. Segundo Conde de Rochester. E não quero que gostem de mim.


Nenhum comentário:

Postar um comentário