Ensinar
Quando olhamos nos olhos velhos e enrugados de nossos antigos professores, pensamos sempre nas mãos carinhosas e nos conselhos sábios de nossos antigos Mestres.
Quando éramos pequenos, havia entre nós pequenos infantes, uma alegria e uma vontade hercúlea de aprender, íamos felizes para a escola, com nosso conguinha, nossa mochilinha, quando podíamos ter, pois em nossa vida escolar, quase não tínhamos o que comer, quem dirá uniforme, nossas Mães prestativas e cuidadosas, se esmeravam sempre em nos manter limpos e educados, fomos criados dentro de uma pobreza ímpar, de um zelo que nossos pais, sempre se ocupavam de nossos afazeres educacionais.
Crescemos assim, crianças pobres, oriundas de regiões periféricas, com mães tristes, vítimas do acaso, da pobreza e da dor, em minha infância tive a enchente do Rio Pirajussara, o descaso das autoridades, as escolas pobres, com ratos, lama, sujeira e várias mortes decorrentes de muita chuva. Na alimentação escolar havia ovo cozidos da hora do recreio, mas tínhamos algo muito singular: O AMOR E O RESPEITO, à figura do nobre Professor e ou Professora, era importante para nossa família ter o contato com a Escola, como Entidade de Fomentação política e libertária, crescemos entre reuniões de Pais e Mestres e discursos de Políticos de ocasião, a Igreja Católica sempre teve um papel preponderante em nossa formação POLÍTICA.
As Reuniões da Igreja Católica, oriunda da Região do Campo Limpo, eram sempre na base da Teologia da Libertação, nosso Pároco Querido, Padre Guido Picolli, sempre um Missionário Aguerrido e Valente, defendendo a população carente, vítimas de toda e qualquer situação de abandono e violência.
Autora: Priscila de Fátima Jerônimo
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